tag:blogger.com,1999:blog-4136564160257679472024-03-13T11:54:41.584-07:00Pensando em GêneroPensar nas relações entre os seres humanos e seus desdobramentos.Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-58166535708734563272015-03-08T17:16:00.001-07:002015-03-08T17:16:13.136-07:00A quem serve o "Dia das mulheres?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSNECPgVRcpO9lWeAoOjJEHeRNkBxSy6lcFtakEiv_Jmlbm8Ut7yMthJyEFsrRjanli0DZFFhKSX2Q4_bLoFQgOTFk35mJ-5FGqFENWk_1Qu6wsE8y_m-X4iJNpH1t51f_-VCE_dg8k1p8/s1600/658917-bigthumbnail.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSNECPgVRcpO9lWeAoOjJEHeRNkBxSy6lcFtakEiv_Jmlbm8Ut7yMthJyEFsrRjanli0DZFFhKSX2Q4_bLoFQgOTFk35mJ-5FGqFENWk_1Qu6wsE8y_m-X4iJNpH1t51f_-VCE_dg8k1p8/s1600/658917-bigthumbnail.jpg" height="248" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; widows: 2;">Particularmente não gosto de pensar num dia exclusivamente para comemorar o dia das mulheres, pois acredito que isso reforça a desigualdade dos gêneros, ainda mais pelo contexto histórico associado a data. Celebrar o dia da mulher, é também reforçar a necessidade de uma igualdade que existe apenas na teoria, e olha que nem sempre ela existe, pois sabemos que na prática ela nunca há.</span></div>
<div>
<div style="orphans: 2; text-align: -webkit-auto; widows: 2;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas também celebrar o dia das mulheres, é reforçar um estado de espirito, um modo de vida, um jeito particular de lidar com as situações. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: -webkit-auto;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A célebre filósofa e feminista francesa Simone de Beauvoir, nos proporciona uma reflexão interessante sobre ser mulher em seu tratado sobre este gênero "O Segundo Sexo":</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 24px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"<i>Se a função de fêmea não basta para definir o que é a mulher, se nos recusamos também a explicá-lo pelo "eterno feminino" e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na terra, teremos que formular a pergunta: o que é uma mulher?</i>" </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 24px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 24px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E a filósofa ainda complementa:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 24px;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;">"<i>A fêmea é uma mulher na medida em que se sente como tal</i>."</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sendo assim podemos pensar que talvez, ser mulher não esta diretamente associada à genética?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Podemos então considerar que para ser uma mulher, não basta simplesmente nascer com os órgãos sexuais assim definidos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para ser mulher é preciso pensar como mulher, sentir como mulher e principalmente agir como mulher. Dai que ha algo mais que diferencia as mulheres cujo órgão sexual assim as define, das que não tem. Ser mulher, pode não ter nada a ver com sexualidade, mas com estado de espirito. Ser mulher, pode estar associada com toda uma perspectiva particular de ver o mundo e se inserir nele. Não quero defender um gênero nem mesmo qualificar, mas tentar uma reflexão livre, dissociada da visão patriarcal e cristã sobre o que é ser mulher.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Conheço algumas mulheres, que tão ávidas pelo poder, adotam posturas padronizadas e geralmente masculinas (não masculinizadas) numa tentativa de buscar reconhecimento, Tolo engano! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós, mulheres, e aqui me refiro ao gênero, não precisamos nos tornar homens para conquistar um espaço ou reconhecimento profissional. Somos mais do que homens e mulheres, somos mais do que um gênero que nos define, um padrão de comportamento que nos caracteriza e nos qualifica como seres confiáveis ou sensíveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Somos espirito temporariamente "presos" em carne, como já diziam os gregos antigos, e precisamos pensar além do que esta matéria nos define. Se hoje somos mulheres, amanha poderemos ser homens.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">" <i>A divisão dos sexos é, com efeito, um dado biológico, e não um momento da história humana</i>"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sendo assim, desejo a todas as mulheres, que independente do corpo físico que estão materializadas, tenham em todos os dias de sua vida, a liberdade de ser mulher.</span></div>
</div>
</div>
Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-84995644180169831982015-03-03T15:57:00.004-08:002015-03-03T15:57:50.175-08:00Teologia, para quê?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXnDCXvQJB-W__bdBwCyv6DCfHsfy3kgZVnYkAr8O0ovhyphenhyphena6g2kxjuRIrjcu2e7mtBgdEq4_U0pt4D3rXlS6r4byo45bPQ3aUZHlzDMK_KhODny5ZLsgCp_OqCPUWS9lrF22OXA6l8BH75/s1600/Teologia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXnDCXvQJB-W__bdBwCyv6DCfHsfy3kgZVnYkAr8O0ovhyphenhyphena6g2kxjuRIrjcu2e7mtBgdEq4_U0pt4D3rXlS6r4byo45bPQ3aUZHlzDMK_KhODny5ZLsgCp_OqCPUWS9lrF22OXA6l8BH75/s1600/Teologia.jpg" height="400" width="261" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todo mundo é capaz de expressar a sua apreensão sobre
Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De acordo com o teólogo alemão Karl Rahner:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"Teologia é a explanação e explicação metodológica da revelação
divina, recebida e apreendida na fé".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sendo assim, podemos afirmar que o estudo de uma teologia
passa pela fé? É preciso ter fé na religião, ou em Deus, para estudar teologia?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas também nos chama a atenção, na definição do autor, a
palavra "revelação", que significa que se algo é revelado, é feito
por meio do Sagrado (ou de Deus) que se revela ao ser humano, através da
Palavra, dos Acontecimentos, das pessoas e, para algumas religiões, por um Deus
que se manifesta por meio da Natureza também. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E ainda podemos contar com a definição do Dicionário Houaiss
que apresenta revelação como o "ato pelo qual Deus faz saber aos homens os
seus mistérios, sua vontade".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então é necessário ter fé para estudar teologia, pois a fé
não existe sem uma revelação? Ou podemos dizer que a revelação é o próprio
objeto da fé?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para os mais céticos, ter fé é sinônimo de falta de
conhecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ha quem diga que a fé é uma aposta, pois não se tem certeza.
E quando se tem certeza, deixa de ser fé, pois quem tem certeza não precisa
acreditar naquilo que não se vê ou não se sente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando se tem certeza, não é fé, é certeza. Para se ter fé,
tem que se acreditar naquilo que você não tem certeza, pois você se lança e
mergulha naquilo que não se vê.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O resultado disso é que aos poucos, aquilo em que se crê vai
se comprovando e a fé se torna certeza. Quando isso vai se tornando parte de
sua vida e de suas experiências. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">"A fé não existe sem um ouvir, o que por sua vez, não
se dá sem que se possa conhecer, experimentar e compreender" (Dicionário
de Teologia) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou seja, compreender e conhecer não se sobrepõem a fé, mas
são elementos de sua estrutura. Sendo assim, falar de religião é sempre um
caminhar entre a fé e a razão. E isso independe da existência de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Disse o filósofo Luiz Pondé "Não é a fé que nos leva a
conhecer Deus, mas é Ele que escolhe quem o irá conhecê-Lo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, podemos afirmar que a fé é o início do trabalho e do
estudo teológico. Eis a importância de se estudar teologia, pois por meio deste
estudo, a razão e a fé podem caminhar lado a lado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A teologia não deve servir apenas para questões endógenas,
mas também contribuir para a contextualização e comparação da religião com
outras culturas. A teologia pode também ajudar a instituição de maneira
que a auxilie na transmissão de sua doutrina para outras nações, pois a
teologia é um estudo sistematizado e organizado. Estudar teologia é uma maneira
consolidar a fé com bases racionais e científicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Talvez seja esse o motivo pelo qual temos visto cada vez
mais cursos livres de teologia sendo divulgados entre as diversas religiões no
país. Seria mais uma tentativa de justificar racionalmente a fé ou uma nova
maneira de difundir dogmas com conceitos teológicos? Estaria a religião usando
da ciência para argumentar e justificar a existência de Deus? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na perspectiva do fiel, estudar teologia seria uma forma
metódica e organizada de conhecer o Sagrado e assim trilhar sua jornada
espiritual?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Religião é mais uma forma de auto-ajuda e sua escolha pode
tornar a vida mais difícil, pela noção do pecado e da culpa embutida. Mas ela
também pode tornar a vida mais fácil, pelas explicações plausíveis que nos dá
diante do caos e das mazelas da vida. </span><o:p></o:p></div>
Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-87127587682169846062015-02-22T18:05:00.003-08:002015-02-22T18:05:42.525-08:00Das reviravoltas da vida<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivuTDgcW5cHXgqbxlpwfg4XcqXvH1lwWTKDG5xgPqcvkX0PoPTYt131evjV-jSwPudhvmob4vCZZgcRjnh9LKkq5aNB5bqbQGnFMoBph_WiByEa54mM36laaMt-O2EkQQ53r59qTMNfTiQ/s1600/guarda-sol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivuTDgcW5cHXgqbxlpwfg4XcqXvH1lwWTKDG5xgPqcvkX0PoPTYt131evjV-jSwPudhvmob4vCZZgcRjnh9LKkq5aNB5bqbQGnFMoBph_WiByEa54mM36laaMt-O2EkQQ53r59qTMNfTiQ/s1600/guarda-sol.jpg" height="224" width="320" /></a></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue Notes', sans-serif; font-size: 20px; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; widows: 2;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue Notes', sans-serif; font-size: 20px; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; widows: 2;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Helvetica Neue Notes', sans-serif; font-size: 20px; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; widows: 2;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Das reviravoltas que a vida nos proporciona tenho tido a oportunidade de revisitar diversos terreiros de Umbanda de amigos antigos e novos que ganhei pelas trilhas que percorri.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E nessas minhas andanças, tenho tido contato com uma Umbanda diferente da que frequentei na minha infância. Sempre digo em aula que tive uma infância muito plural e quando criança, frequentei de tudo um pouco e tudo ao mesmo tempo. Alguns até recriminam, por ter tido tantas experiências, mas acredito que até nisso houve um propósito maior, sem o qual eu não teria a facilidade de transitar pelas religiões, pesquisá-las, estudá-las e mais ainda, falar delas para quem não as conhece.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sou professora de teologia, apaixonada pelo que faço, e tem sido um desafio estudar as religiões e falar delas para quem as deseja conhecer. Em aula, pouco falo da minha própria espiritualidade, até porque esse não é objetivo, nem o conteúdo programado. Mas nessas peregrinações tenho feito meus encontros com a espiritualidade e percebido muitas semelhanças e diferenças nas religiões. Hoje, e particularmente hoje, vejo que Deus tem sido apreendido pelas pessoas de maneira única e particular, como se fosse um grande guarda-chuva, na qual cada religião tem uma percepção do todo, que se somada a outra poderá ampliar nosso olhar e percepção sobre o Criador.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas voltando a Umbanda, noto uma religião mais organizada, revigorada e formatada de maneira que se torne mais fácil de ser compreendida pelos leigos. Ha também um esforço maior de aproximar suas práticas doutrinárias daqueles que antes as incompreendiam ou achavam muito difíceis. É sempre muito positivo o esclarecimento e a difusão do conhecimento, pois aquele que conhece, sabe fazer por si próprio e consequentemente não se torna presa fácil para as mães de poste e enganadores de plantão.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sim, nesses 30 anos a Umbanda mudou, ao menos uma parte dela, temos dirigentes mais envolvidos no ensino de seus médiuns e médiuns mais interessados em conhecer para se tornarem instrumentos melhores na prática religiosa. Nova roupagem sim, mais ainda com velhos problemas. "Vinho novo em odres velhos" como no evangelho de Mateus (capitulo 9, versículo 17). Problemas que talvez não sejam exclusivos da Umbanda, mas que tem me chamado mais atenção nos terreiros que tenho visitado, entre eles destaco a vaidade.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quem usa a guia mais colorida, grossa ou cheia de detalhes, ou até quem mais tem colares pendurados no pescoço. Entre as mulheres a disputa se dá em torno da saia mais rodada ou entre os homens o filá mais dourado que o outro. Entre os médiuns em geral ha quem pleiteie por mais graus de magia que o outro ou quem tenha mais dons mediúnicos para dizer se o irmão está ou não incorporado.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Enfim, nota-se novos médiuns, mas ainda velhos problemas.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Se me lembro, essas questões ja apareciam na Umbanda da minha infância e noto que essa ainda é uma questão presente no discurso dos umbandistas que tenho conversado. Frequentemente escuto dirigentes falando sobre os problemas de ego, vaidade e excessos cometidos pelos médiuns em suas casas. E mais ainda, converso e encontro médiuns que mudam de casa devido intrigas que foram feitas por outros irmãos.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao contrário do que alguns podem pensar, esse não é um problema exclusivo da Umbanda e o mesmo ocorre em outras instituições religiosas, salvo suas devidas adequações.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então, como uma pesquisadora e acadêmica me pergunto, porque tal problema ocorre em religiões tão diferentes? O que lhes falta? Nem sempre a resposta é exata, mas por hora a espiritualidade tem me ajudado a compreender. O que falta, em todos esses casos, é tão simplesmente, a prática da caridade. Sim, porque o caminho da espiritualidade é simples, assim como os grandes mestres nos ensinaram como Jesus, Buda e Maomé.</span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="color: #333333; line-height: 24px; margin-right: 6px; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Portanto se todos nós nos atermos a olhar tão apenas para nosso próximo, indistintamente, nos preocupando com seu bem estar, sua evolução, estaremos em contato direto com a espiritualidade. E para isso não importa se você está na igreja, mesquita, sinagoga, no templo budista ou no terreiro, seja onde for, o mais importante é fazer o bem, sem olhar a quem. </span></div>
</div>
Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-49532748188175517522012-03-02T15:16:00.006-08:002012-03-04T12:55:09.379-08:00E por que não estudar religião?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigAZshkBowI03-JNVfdb21ODcI2JoJ4Z-dGnpfqILM_bRjM2mx74u9sodTlxGvm77U2OZ5QU-YsHefc9CiskIZHJRuLR4cCU1XHsFR-SmS-FiAJnDZjBAkNFkJ4wxQO4EPWab-Cc97gQc8/s1600/estudar+religi%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigAZshkBowI03-JNVfdb21ODcI2JoJ4Z-dGnpfqILM_bRjM2mx74u9sodTlxGvm77U2OZ5QU-YsHefc9CiskIZHJRuLR4cCU1XHsFR-SmS-FiAJnDZjBAkNFkJ4wxQO4EPWab-Cc97gQc8/s400/estudar+religi%C3%A3o.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: 100%; text-align: justify;">Porque política, futebol e religião não se discute? Mas quem disse isso?!</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O primeiro ponto seria e por que não estudar religião?</div>
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Tomei a iniciativa de escrever após a leitura do artigo de Luiz Pondé, publicado na Folha de São Paulo de 20/02/2012 “Por que estudar religião?” no qual o autor questiona que ao invés de estudar religião, deveríamos vivenciar a religião.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro ponto destacado pelo jornalista é o estudo científico da religião e é ai que eu gostaria de contribuir com algumas reflexões. A minha intenção, quando comecei a estudar religião, foi de fato compreender os diversos fenômenos religiosos que tive e tenho contato. Sou uma peregrina, uma nômade da fé, usando o termo de Michel Mafessoli e meu intuito sempre foi de compreender essa busca incessante humana, quase dependência, pelo contato com o sagrado, com o transcendente. </div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É fato que observamos na academia religiosos mergulhados no estudo de suas próprias instituições, neste sentido as justificativas de Luiz Pondé para o estudo da religião são aplicáveis. Alguns dos que encontrei, estavam na academia para alcançar graus na instituição a qual são vinculados ou mesmo para compreender algum ponto mal explicado dentro da sua teologia. Houveram sucessos e fracassos nessa investida.</div>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No meu caso, optei por debruçar meus estudos em uma religião a qual eu não faço parte, justamente para manter a tal “neutralidade” metodológica, mencionada por Pondé, tão enfatizada na academia e acabei por exercitar um olhar crítico mais fortemente quanto a minha própria instituição. </div>
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<br /></div>
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Na verdade a discussão não é sobre a relevância do estudo da religião, mas sim se religião é importante ou não para nossa sociedade. Esse é um debate importante nas pesquisas em ciências sociais e não há um consenso entre os estudiosos da religião.</div>
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<br /></div>
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Se por um lado temos os “sem religião” ou os ateus que relativizam o poder da religião, por outro temos pessoas que “visitam” religiões, indo a cada dia numa instituição diferente, que por vezes tem doutrinas absolutamente distintas ou contraditórias. Não estaríamos então vivendo uma época de uma religiosidade efervescente e sem uma fixidade institucional? </div>
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Não discutimos sobre futebol, religião e política por que não entendemos realmente do assunto ou por que em todos eles temos um envolvimento emocional que nos impede de ter um debate racional sobre essas escolhas? As escolhas humanas são pessoais baseadas na emoção e na razão também, por vezes, mais fundamentada na razão.</div>
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Estudar religião, pra mim, foi e tem sido uma maneira de compreender as escolhas da sociedade, baseadas na emoção mais do que na razão. Pelo estudo da religião ficou mais fácil compreender os guetos religiosos que se formam, nem sempre claros de perceber, mas que identificamos por meio da adoção de gestuais, comportamentos e atitudes dos adeptos.</div>
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Não creio que estudando religião, cientificamente, alguém consiga resolver seus problemas espirituais ou escolher uma religião para seguir. Mas acho que pelo estudo das teologias, doutrinas, práticas é possível compreender o quão superficiais são as escolhas humanas e seus critérios adotados quando se trata de religião. O quanto suas decisões se baseiam no seu histórico social, cultural e religioso também. </div>
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<br /></div>
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Religião é uma expressão cultural e toda forma de expressão merece atenção e assim um estudo mais racional. A religião é uma produção humana e suas variações acompanham a cultura na qual foram originadas. Estudar a religião é também estudar o comportamento do ser humano quando individuo ou coletivo. É partir destes estudos, que decisões políticas e sociais são baseadas, tendências culturais, moda, saúde e propaganda são estabelecidas e novos rumos são tomados. </div>
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Estudar religião pode ser também uma questão de saúde pública. A religião tem um papel social importante que auxilia na condução humana, por exemplo. Se pensarmos que algumas religiões incentivam o planejamento familiar ou a adoção de práticas de higiene rigorosas (islã e judaísmo), isso não seria uma forma de regular a saúde pública? Por outro lado, o estudo da religião, ou mesmo um acompanhamento de tendências religiosas pode nos ajudar a compreender e prever casos de suicídios coletivos (Jim Jones: Jonestown, Guiana em 18/11/1978, 918 mortes por envenenamento; David Koresh, Monte Carmelo, Waco em 19/03/1993 - 54 adultos e 21 crianças queimadas) ou de guerras sociais de fundo religioso como o caso de Antonio Conselheiro: Canudos, Bahia em 1896-1897, 25 mil pessoas mortas em batalhas. Isso sem falar nos conflitos intermináveis no Oriente Médio, não?! A guerra santa que acontece naquela região não é muito diferente da que acontece no Brasil (aqui sem conflito armado) nas disputas entre os canais de TVs, suas mega construções e seus líderes megalomaníacos. Acha realmente que a religião não é importante? Que não devemos compreender as escolhas religiosas para ajudar a sanar conflitos como esses? <o:p></o:p></div>
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Ignorar a religião seria sim um problema.<o:p></o:p></div>Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-35719634200179631592009-11-08T14:50:00.003-08:002012-03-02T15:58:39.293-08:00Legitimidade na história das mulheres<span style="font-size: 100%; ">Homens não podem ser os protagonistas da história das mulheres, devem ser os coadjuvantes. A nossa história, tem que ser escrita por nós mesmas, mulheres de coragem, força e inteligência. Foi refletindo a partir deste pensamento que encontrei o texto abaixo da Reverenda Elena Alves Silva da Igreja Metodista. Instituição protestante que reconhece a mulher ordenando-a num ministério que para muitas outras igrejas é campo de exclusiva competência do homem. Seja na sociedade ocidental ou oriental a história deve ser registrada pelo seu protagonista, a partir de suas impressões, permitindo assim a manutenção da essência de suas experiências. </span><p class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p></o:p></span></p><span style="font-size:100%;"><br /></span><div style="text-align: justify; "><span style="font-size:100%;" > <span style="font-style: italic;">"Não importa o que o passado fez de mim. Importa é o que farei com que o passado fez de mim". - Jean-Paul Sartre </span><br /></span></div><span style="font-size: 100%; " >O dia 8 de março é lembrado pela luta das mulheres em defesa de seus direitos. Sabemos que o evento ocorrido no dia 8 de março de 1857 foi terrível e não deveria trazer nenhuma lembrança agradável para qualquer ser humano, mulher ou homem. Entretanto não se trata de celebrar este dia e nem de dar parabéns à mulheres, mas abraçá-las por suas conquistas e sua contribuição efetiva na construção de uma nova sociedade.<br /><br />Ouvi esta semana uma frase que tornou-se sabedoria popular e já não é possível recorrer à sua autoria: “As mulheres fazem lares e os homens fazem guerra”. Esta constatação enfatiza o quanto a presença feminina no mundo público do trabalho e da política é importante. As mulheres esforçam-se por construir e preservar os ambientes. Sim, não é para negar: as mulheres carregam consigo o Dom do cuidado e ele é essencial para a humanidade. Não significa que sejamos as responsáveis solitárias pelo trabalho de cuidar, mas que o nosso pensamento se detém neste aspecto e nesta necessidade para a vida humana. Leonardo Boff afirma em seu livro “Saber cuidar” que se o ser humano não der valor para a dimensão do cuidado com todas as coisas, ele será o seu próprio algoz e responsável pelo seu fim; e diz a ainda que a presença da mulher nas esferas públicas será o grande diferencial para termos vida na terra por mais ou menos tempo.<br /><br />Gosto de pensar que a mulheres excluídas do espaço público por tantos séculos, confinadas dentro das casas e incumbidas exclusivamente do cuidado com os filhos e limpeza das casas podem fazer muito com o que foi feito delas. A frase de Sartre nos diz exatamente isto: importa o que faremos com o que fizeram de nós.<br />Há uma história na Bíblia que narra a vida de Ester – rainha da Pérsia. Esta moça foi criada por seu tio, depois da morte de seus pais. Fazia parte do povo judeu e vivia a experiência de ter sido tirada de sua terra e viver em terra estrangeira. No reino da Pérsia a mulher não tinha valor nenhum como pessoa aos olhos do rei e dos seus súditos. Ester foi elevada ao trono para substituir Vasti, antiga rainha, que foi punida com rigor por não atender a um chamado do rei, desobedecendo suas ordens.<br /><br />Apesar de todas as circunstâncias adversas na vida de Ester e de sua família, da realidade em que vivia e dos desafios de estar ao lado de um rei que a escolheu apenas por sua beleza, ela adquiriu papel central nesta história do povo judeu, como heroína e libertadora. Os judeus foram ameaçados de morte e envolvidos numa intriga promovida por Hamã, principal dos príncipes do rei Assuero, que queria vê-los inclinados e prostrados diante dele. Ester interveio junto ao rei e garantiu que a intriga fosse esclarecida. Sua ousadia fez diferença, pois deixando toda experiência negativa de sua trajetória de lado, ela se colocou como forte e guerreira.<br /><br />O final da história é a vitória comemorada com uma grande festa, tradicional ainda hoje entre os judeus, chamada Purin – ou dia de sorte.<br /><br />Na história de Ester e de tantas outras mulheres fortes na Bíblia, podemos tirar uma lição: não adianta ficar reclamando do que fizeram de nós, nem mesmo do que a vida proporcionou ou condicionou a cada uma e cada um de nós; importa é saber que no lugar onde estamos podemos fazer diferença. Ou ainda como dizia Sartre: Eu posso não ser responsável pelo que fizeram de mim, mas sou responsável pelo que eu faço com aquilo que fizeram de mim.<br /><br />Na força de Deus que nos move em defesa da vida estamos aqui e celebramos as lutas, as conquistas e possibilidade de decidir com autonomia que as mulheres vêm alcançando ao longo dos anos. Que a Bênção de Deus nos acompanhe em nossas trajetórias hoje e sempre.</span><p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:78%;"><span >Extraído do site da <a href="http://www.blogger.com/Homens%20n%C3%83%C2%A3o%20podem%20ser%20os%20protagonistas%20da%20hist%C3%83%C2%B3ria%20das%20mulheres,%20devem%20ser%20os%20coadjuvantes.%20A%20nossa%20hist%C3%83%C2%B3ria,%20tem%20que%20ser%20escrita%20por%20n%C3%83%C2%B3s%20mesmas,%20mulheres%20de%20coragem,%20for%C3%83%C2%A7a%20e%20intelig%C3%83%C2%AAncia.%20Foi%20refletindo%20a%20partir%20deste%20pensando%20que%20encontrei%20o%20texto%20abaixo%20da%20Reverenda%20Elena%20Alves%20Silva%20da%20Igreja%20Metodista.%20Institui%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20protestante%20que%20reconhece%20a%20mulher%20ordenando-a%20num%20minist%C3%83%C2%A9rio%20que%20para%20muitos%20%C3%83%C2%A9%20campo%20masculino.%20%20%20%22N%C3%83%C2%A3o%20importa%20o%20que%20o%20passado%20fez%20de%20mim.%20Importa%20%C3%83%C2%A9%20o%20que%20farei%20com%20que%20o%20passado%20fez%20de%20mim%22.%20-%20Jean-Paul%20Sartre%20O%20dia%208%20de%20mar%C3%83%C2%A7o%20%C3%83%C2%A9%20lembrado%20pela%20luta%20das%20mulheres%20em%20defesa%20de%20seus%20direitos.%20Sabemos%20que%20o%20evento%20ocorrido%20no%20dia%208%20de%20mar%C3%83%C2%A7o%20de%201857%20foi%20terr%C3%83%C2%ADvel%20e%20n%C3%83%C2%A3o%20deveria%20trazer%20nenhuma%20lembran%C3%83%C2%A7a%20agrad%C3%83%C2%A1vel%20para%20qualquer%20ser%20humano,%20mulher%20ou%20homem.%20Entretanto%20n%C3%83%C2%A3o%20se%20trata%20de%20celebrar%20este%20dia%20e%20nem%20de%20dar%20parab%C3%83%C2%A9ns%20%C3%83%C2%A0%20mulheres,%20mas%20abra%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A1-las%20por%20suas%20conquistas%20e%20sua%20contribui%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20efetiva%20na%20constru%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20de%20uma%20nova%20sociedade.%20Ouvi%20esta%20semana%20uma%20frase%20que%20tornou-se%20sabedoria%20popular%20e%20j%C3%83%C2%A1%20n%C3%83%C2%A3o%20%C3%83%C2%A9%20poss%C3%83%C2%ADvel%20recorrer%20%C3%83%C2%A0%20sua%20autoria:%20%C3%A2%C2%80%C2%9CAs%20mulheres%20fazem%20lares%20e%20os%20homens%20fazem%20guerra%C3%A2%C2%80%C2%9D.%20Esta%20constata%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20enfatiza%20o%20quanto%20a%20presen%C3%83%C2%A7a%20feminina%20no%20mundo%20p%C3%83%C2%BAblico%20do%20trabalho%20e%20da%20pol%C3%83%C2%ADtica%20%C3%83%C2%A9%20importante.%20As%20mulheres%20esfor%C3%83%C2%A7am-se%20por%20construir%20e%20preservar%20os%20ambientes.%20Sim,%20n%C3%83%C2%A3o%20%C3%83%C2%A9%20para%20negar:%20as%20mulheres%20carregam%20consigo%20o%20Dom%20do%20cuidado%20e%20ele%20%C3%83%C2%A9%20essencial%20para%20a%20humanidade.%20N%C3%83%C2%A3o%20significa%20que%20sejamos%20as%20respons%C3%83%C2%A1veis%20solit%C3%83%C2%A1rias%20pelo%20trabalho%20de%20cuidar,%20mas%20que%20o%20nosso%20pensamento%20se%20det%C3%83%C2%A9m%20neste%20aspecto%20e%20nesta%20necessidade%20para%20a%20vida%20humana.%20Leonardo%20Boff%20afirma%20em%20seu%20livro%20%C3%A2%C2%80%C2%9CSaber%20cuidar%C3%A2%C2%80%C2%9D%20que%20se%20o%20ser%20humano%20n%C3%83%C2%A3o%20der%20valor%20para%20a%20dimens%C3%83%C2%A3o%20do%20cuidado%20com%20todas%20as%20coisas,%20ele%20ser%C3%83%C2%A1%20o%20seu%20pr%C3%83%C2%B3prio%20algoz%20e%20respons%C3%83%C2%A1vel%20pelo%20seu%20fim;%20e%20diz%20a%20ainda%20que%20a%20presen%C3%83%C2%A7a%20da%20mulher%20nas%20esferas%20p%C3%83%C2%BAblicas%20ser%C3%83%C2%A1%20o%20grande%20diferencial%20para%20termos%20vida%20na%20terra%20por%20mais%20ou%20menos%20tempo.%20Gosto%20de%20pensar%20que%20a%20mulheres%20exclu%C3%83%C2%ADdas%20do%20espa%C3%83%C2%A7o%20p%C3%83%C2%BAblico%20por%20tantos%20s%C3%83%C2%A9culos,%20confinadas%20dentro%20das%20casas%20e%20incumbidas%20exclusivamente%20do%20cuidado%20com%20os%20filhos%20e%20limpeza%20das%20casas%20podem%20fazer%20muito%20com%20o%20que%20foi%20feito%20delas.%20A%20frase%20de%20Sartre%20nos%20diz%20exatamente%20isto:%20importa%20o%20que%20faremos%20com%20o%20que%20fizeram%20de%20n%C3%83%C2%B3s.%20H%C3%83%C2%A1%20uma%20hist%C3%83%C2%B3ria%20na%20B%C3%83%C2%ADblia%20que%20narra%20a%20vida%20de%20Ester%20%C3%A2%C2%80%C2%93%20rainha%20da%20P%C3%83%C2%A9rsia.%20Esta%20mo%C3%83%C2%A7a%20foi%20criada%20por%20seu%20tio,%20depois%20da%20morte%20de%20seus%20pais.%20Fazia%20parte%20do%20povo%20judeu%20e%20vivia%20a%20experi%C3%83%C2%AAncia%20de%20ter%20sido%20tirada%20de%20sua%20terra%20e%20viver%20em%20terra%20estrangeira.%20No%20reino%20da%20P%C3%83%C2%A9rsia%20a%20mulher%20n%C3%83%C2%A3o%20tinha%20valor%20nenhum%20como%20pessoa%20aos%20olhos%20do%20rei%20e%20dos%20seus%20s%C3%83%C2%BAditos.%20Ester%20foi%20elevada%20ao%20trono%20para%20substituir%20Vasti,%20antiga%20rainha,%20que%20foi%20punida%20com%20rigor%20por%20n%C3%83%C2%A3o%20atender%20a%20um%20chamado%20do%20rei,%20desobedecendo%20suas%20ordens.%20Apesar%20de%20todas%20as%20circunst%C3%83%C2%A2ncias%20adversas%20na%20vida%20de%20Ester%20e%20de%20sua%20fam%C3%83%C2%ADlia,%20da%20realidade%20em%20que%20vivia%20e%20dos%20desafios%20de%20estar%20ao%20lado%20de%20um%20rei%20que%20a%20escolheu%20apenas%20por%20sua%20beleza,%20ela%20adquiriu%20papel%20central%20nesta%20hist%C3%83%C2%B3ria%20do%20povo%20judeu,%20como%20hero%C3%83%C2%ADna%20e%20libertadora.%20Os%20judeus%20foram%20amea%C3%83%C2%A7ados%20de%20morte%20e%20envolvidos%20numa%20intriga%20promovida%20por%20Ham%C3%83%C2%A3,%20principal%20dos%20pr%C3%83%C2%ADncipes%20do%20rei%20Assuero,%20que%20queria%20v%C3%83%C2%AA-los%20inclinados%20e%20prostrados%20diante%20dele.%20Ester%20interveio%20junto%20ao%20rei%20e%20garantiu%20que%20a%20intriga%20fosse%20esclarecida.%20Sua%20ousadia%20fez%20diferen%C3%83%C2%A7a,%20pois%20deixando%20toda%20experi%C3%83%C2%AAncia%20negativa%20de%20sua%20trajet%C3%83%C2%B3ria%20de%20lado,%20ela%20se%20colocou%20como%20forte%20e%20guerreira.%20O%20final%20da%20hist%C3%83%C2%B3ria%20%C3%83%C2%A9%20a%20vit%C3%83%C2%B3ria%20comemorada%20com%20uma%20grande%20festa,%20tradicional%20ainda%20hoje%20entre%20os%20judeus,%20chamada%20Purin%20%C3%A2%C2%80%C2%93%20ou%20dia%20de%20sorte.%20Na%20hist%C3%83%C2%B3ria%20de%20Ester%20e%20de%20tantas%20outras%20mulheres%20fortes%20na%20B%C3%83%C2%ADblia,%20podemos%20tirar%20uma%20li%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o:%20n%C3%83%C2%A3o%20adianta%20ficar%20reclamando%20do%20que%20fizeram%20de%20n%C3%83%C2%B3s,%20nem%20mesmo%20do%20que%20a%20vida%20proporcionou%20ou%20condicionou%20a%20cada%20uma%20e%20cada%20um%20de%20n%C3%83%C2%B3s;%20importa%20%C3%83%C2%A9%20saber%20que%20no%20lugar%20onde%20estamos%20podemos%20fazer%20diferen%C3%83%C2%A7a.%20Ou%20ainda%20como%20dizia%20Sartre:%20Eu%20posso%20n%C3%83%C2%A3o%20ser%20respons%C3%83%C2%A1vel%20pelo%20que%20fizeram%20de%20mim,%20mas%20sou%20respons%C3%83%C2%A1vel%20pelo%20que%20eu%20fa%C3%83%C2%A7o%20com%20aquilo%20que%20fizeram%20de%20mim.%20Na%20for%C3%83%C2%A7a%20de%20Deus%20que%20nos%20move%20em%20defesa%20da%20vida%20estamos%20aqui%20e%20celebramos%20as%20lutas,%20as%20conquistas%20e%20possibilidade%20de%20decidir%20com%20autonomia%20que%20as%20mulheres%20v%C3%83%C2%AAm%20alcan%C3%83%C2%A7ando%20ao%20longo%20dos%20anos.%20Que%20a%20B%C3%83%C2%AAn%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20de%20Deus%20nos%20acompanhe%20em%20nossas%20trajet%C3%83%C2%B3rias%20hoje%20e%20sempre.%20Extra%C3%83%C2%ADdo%20de:%20http://www.metodista.br/pastoral/reflexoes-da-pastoral/passado-e-presente-na-historia-das-mulheres/">Metodista</a></span><span style="text-decoration: underline;"></span><a href="http://www.metodista.br/pastoral/reflexoes-da-pastoral/passado-e-presente-na-historia-das-mulheres/"></a></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-413656416025767947.post-36698109018888352542009-11-01T15:56:00.001-08:002009-11-01T16:28:54.222-08:00Pensando no outro a partir de si mesmo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj76sQW3UX7lwYyp_OfIlATHPMOCnVPnjxp3swvvRecGovH5MSS3KTmVrb7EKvTlujCge-wYdqpceaqD5GCmMH5h4MO7Gv4y-6bvoreq_u6EkcROF4CvPbxTpoqm85CJcr7HD00UckXFnNK/s1600-h/matisse.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 209px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj76sQW3UX7lwYyp_OfIlATHPMOCnVPnjxp3swvvRecGovH5MSS3KTmVrb7EKvTlujCge-wYdqpceaqD5GCmMH5h4MO7Gv4y-6bvoreq_u6EkcROF4CvPbxTpoqm85CJcr7HD00UckXFnNK/s320/matisse.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399295537557173090" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-size:85%;"><span style="font-family: verdana;"></span></span>Como seria pensar as relações entre os seres humanos a partir de gênero? Qual a posição que homens e mulheres ocupam na história social da humanidade? Teria a mulher um papel secundário na sociedade como ressaltou Simone de Beauvoir? É possível precisar desde quando o processo de dominação masculina está instaurado no mundo? – como destacou Pierre Bourdieu–.<br /><br />“Sejam mulheres, permaneçam mulheres, tornem-se mulheres” O que significaria isso? Ser mulher estaria associado ao sexo? Permanecer mulher ou tornar-se uma poderia ser relacionado aos trejeitos femininos adotados por nós? O quanto esses gestos e posturas são realmente nossos ou inculcados pela outro sexo? – o masculino. Para Bourdieu está na lógica masculina impor e inculcar nas mulheres virtudes e traços que tornem-se favoráveis ao exercício da dominação masculina, e neste sentido nos remete a pensar no uso de saias – limitando o sentar mais confortável, saltos altos – que naturalmente impõe equilíbrio e impede-nos acompanhar os passos rápidos masculinos, bolsas – mantém as mãos ocupadas e controla os gestos.<br /><br />“Se a função de fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusamos também a explicá-la como ‘eterno feminino’ e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na Terra, teremos que formular a pergunta: o que é ser mulher?” (Beauvoir) E complemento, o que é ser homem na sociedade atual? Como pensar essas relações e seus papéis a partir da história da sociedade e como ela foi construída em diversas outras culturas, tão distintas.<br /><br />Seria verdade que um ser em si é incompleto e ele só seria total junto com o outro? O filósofo grego Aristóteles dizia que “A fêmea é fêmea em virtude de certa carência de qualidades. Devemos considerar o caráter das mulheres como sofrendo de certa deficiência natural”. Sendo assim a mulher seria o tal ser incompleto e o homem o ser total, que existem em sí mesmo?<br /><br /><span style="font-size:85%;"><br /><a style="font-family: verdana;" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlnQSQt-SWCAuoGGRdd4BYkJBjbeePwslxcOTMyz3nN_FlnmwPIq17O8o2MU_DED5NR25oS_E1z04Ls_blVdV2pI83R-KinbslRVgpl7Bj8MUWpp6ILmnhDtTVfhJeeB2k_iSMaeDyvkw8/s1600-h/Simone+de+beauvoir.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 124px; height: 174px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlnQSQt-SWCAuoGGRdd4BYkJBjbeePwslxcOTMyz3nN_FlnmwPIq17O8o2MU_DED5NR25oS_E1z04Ls_blVdV2pI83R-KinbslRVgpl7Bj8MUWpp6ILmnhDtTVfhJeeB2k_iSMaeDyvkw8/s320/Simone+de+beauvoir.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399295180328077730" border="0" /></a><span style="font-family: verdana;"></span></span>“O homem é pensável sem a mulher. Ela não, sem o homem. Ela não é senão o que o homem decide que seja; daí dizer-se o ‘sexo’ para dizer que ela se apresenta diante do macho como um ser sexuado: para ele, a fêmea é sexo, logo ela o é absolutamente. A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem, e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o Sujeito, o Absoluto; ela é o Outro.” (Beauvoir)<br /><br />A partir destes questionamentos quero propor a todos @s leitores pensar no outro ser a partir de si mesmo e também pensar a si mesmo a partir do contato com o outro ser, ou com outra cultura.<span style="font-size:85%;"><span style="font-family: verdana;"></span></span>Edileia Dinizhttp://www.blogger.com/profile/10010742883413549342noreply@blogger.com0